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segunda-feira, 11 de março de 2013

Na Outra Margem, Entre as Àrvores - Ernest Hemingway

De romance a grande romance vai uma distância gigante. Apenas os mestres ou os grandes génios da literatura conseguem conceber duma só vez um livro para a eternidade.

Ernest Miller Hemingway é um exemplo dessa grandiosidade e magia e, por muito mal amado e criticado que tenha sido como homem, deixará uma obra singular como escritor para as gerações futuras.

“Across the River and into the Trees” é infeliz e estupidamente um dos livros mais criticados de Papa Hemingway, no entanto, após duas tardes bem passadas na sua companhia, achei impossível não admirar a pureza e crueza da sua escrita. Ontem, hoje e amanhã.

Uma dessas tardes foi há onze anos atrás, em pleno verão. Uma esplanada, logo a seguir ao almoço, sol escaldante e gin tónico. Algumas horas depois fechei o livro, olhei fixamente um ponto perdido no meu horizonte, deixei-me levar pela brisa do fim de tarde e sonhei com Veneza.

Há duas semanas atrás, a curar o cansaço de uma semana de trabalho, decidi reler este romance (nunca vou conseguir explicar porquê). Desta vez na esplanada da Mexicana, num Sábado à tarde, onde me perdi de novo a recordar e folhear as páginas que descrevem as últimas horas da vida do Coronel Richard Cantwell. Como se fosse a primeira vez.

Quando terminei a jornada de reler esta obra prima maldita e injustiçada apeteceu-me deitar-me num trilho de terra batida e adormecer, esquecer-me de tudo, em paz, na outra margem, entre as árvores.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Adeus ás Armas - Ernest Hemingway‏


O "Adeus ás Armas" ou " A farewell to Arms" é, sem dúvida alguma (na minha pequena e boémia opinião), o melhor romance da literatura contemporânea.

Filho da pena do génio literário Ernest Hemingway e neto da "Lost Generation", este romance épico, de uma realidade bruta e de frieza crua, dá-nos a conhecer a história de um soldado americano, Frederic Henry, ferido por um morteiro durante a primeira grande guerra mundial. Enviado para convalescência em Milão, conhece a enfermeira Catherine Barkley, por quem se apaixona loucamente.

Por má fortuna, Henry, tem de regressar à frente de combate e acaba por desertar por não suportar a saudade do amor que cresce, dia após dia, por Catherine.

Frederic Henry anda fugido e é condenado à morte por traição até que, após um tempo de estrada, volta para os braços da sua amada, procurando exílio na neutra Suiça.

Este romance marcou-me profundamente. O estilo duro de Hemingway, em parte biográfico, explode-nos na cara como se de uma bomba de emoções se tratasse. De uma beleza cega, capaz de nos fazer apaixonar pela vida e pelo prazer do Amor. Uma obra ímpar do meu escritor preferido. Os romances de Hemingway são poemas aos Deuses. O meu livro preferido.

Há um mês atrás saiu no Expresso um anexo acerca dos 50 livros que temos que ler "obrigatoriamente". Para meu espanto, "O Adeus ás Armas" não constava (nem qualquer romance deste Senhor). Alguém anda a dormir na parada! E não sou eu!

É extremamente dificil para mim dar uma nota a uma obra-prima desta qualidade. Não o sei fazer (quem sou eu?) e nem sequer me atrevo a tentar.