Forçado a escolher entre um amor passado e um amor futuro, Toru Watanabe, vive no início da sua vida adulta um período inquietante. Preso a Kizuki (namorada do seu melhor amigo de infância) e a uma noite fatídica, a personagem principal deste romance flutua no espaço e no tempo, entre estranhas amizades, perturbantes acontecimentos e um novo amor, de nome Midori.
Tal como Watanabe, apaixonei-me também por Kizuki e pela sua casta e dependente existência, mas não pude deixar de me arrebatar com a irreverência e emancipação de Midori. Lados opostos da mesma moeda.
Voltando à polémica temática do suicídio, Haruki Murakami, escreve, na minha opinião, o seu melhor livro, evitando a criação de mundos alternativos e cenários profundamente alegóricos. Nenhum outro livro deste fantástico romancista, eterno candidato ao Nobel da Literatura, consegue igualar o estado de sobriedade aqui criado.
Este livro demarca-se da maioria da obra imaginária de Murakami, com a produção de personagens quotidianas com problemas actuais e mundanos.
Usando como titulo e mote uma música dos Beatles, Norwegian Wood, inquietou-me, trouxe-me momentos de reflexão e, no final, proporcionou-me uma serenidade terrena e pura, trazendo-me de volta.
Nota: 5
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