Anna e Georges são um casal octogenário, professores de música na reforma, cultos e instruídos. De um momento para outro Anna sofre um AVC e fica paralisada do lado direito, levando a relação do casal a um extremo nunca vivido que os vai por à prova nos últimos dias das suas vidas.
A realidade de “Amour” é um soco no estômago. O silêncio ensurdecedor que habita a solidão de cada cena é arrepiante e ao mesmo tempo cândido e doce, de um carinho extremo.
A pureza e a fraqueza da condição humana estão presentes em todos os gestos, todas as personagens, sejam centrais ou secundárias.
Nunca um filme conseguiu retratar com tanta sinceridade a complexidade do sentido da existência e resumi-la ao nada. Ao nada que somos. Um nada que é tudo. A melodia de um grito de dor. Um nada tão profundo e ao mesmo tempo tão simples e rudimentar como o Amor que já não existe.
Palma de Ouro em Cannes e nomeado para os Óscares da Academia nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Filme.
Na minha opinião, provavelmente o filme do Ano. Para a posterioridade. Único.
Nota 5
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