sábado, 29 de setembro de 2012

Até lá Abaixo - Tiago Carrasco


Um plano vindo do nada, um sonho, uma epopeia. Três amigos decidem largar tudo e lançarem-se à aventura. Cinco meses, ou melhor, cento e cinquenta dias, percorrendo o continente africano de norte a sul, visitando vinte e um países num velho Jipe e sem dinheiro. São cerca de trinta mil quilómetros, de Marrocos até à África do Sul, superando adversidades impossíveis de imaginar.
 
Este fantástico livro de viagens fala-nos, bem perto, bem junto ao peito e faz-nos meditar sobre as nossas vidas medíocres, a essência dos nossos objectivos e sonhos há muito perdidos.
 
Quando terminei este "Até lá Abaixo" a primeira coisa que pensei foi que queria deixar o meu emprego e a minha vida em Lisboa, agarrar em dois companheiros e fugir, viajar, partir à aventura por outros mundos, outras realidades, enfrentando medos e inseguranças. Desafiar o destino. Numa só palavra, Viver.
 
Tiago Carrasco tem uma grande vantagem como jornalista e, ao contar uma história real, na primeira pessoa fez-me sentir parte da aventura, percorrendo com eles os desertos e as selvas africanas. Na pior das hipóteses fez-me sonhar.
 
Nota: 4

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A Conspiração dos Antepassados - David Soares‏


Penso que falo por muitos leitores quando digo que transformar Fernando Pessoa numa personagem de um livro é uma ideia brilhante.

Se adicionarmos a este facto uma história policial ou uma aventura cheia de mistério, de Lisboa a Sintra, da Tunísia a Londres, passando por reuniões secretas, seitas, e encontros místicos da Boca do Inferno à Quinta da Regaleira, temos uma fórmula de sucesso. É exactamente isto que nos é trazido por David Soares em "A Conspiração dos Antepassados".

A história é contada a duas vozes, Fernando Pessoa, poeta e místico português e Aleister Crowley, mágico inglês, cujo encontro em Lisboa se tornou polémico. Tem como sombra e pano de fundo o sebastianismo e o mito quinto-imperial, assim como as razões que levaram Portugal (e várias gerações) a perder a sua identidade em Alcácer-Quibir.

Excelentemente escrito e com forte segurança nas fontes documentais, este livro, apesar de pertencer ao mundo da literatura do fantástico, sacia também os amantes de História, Poesia e romances policiais.
Um livro viciante, ao bom estilo de Poe. Largamente recomendado.

Nota: 4

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Madrugada na tua Alma - Gabriel Magalhães



O tema da eterna procura do segredo que revelará o destino do povo português, povo escolhido por Deus para comandar o Mundo em direcção à eternidade, volta em grande com este romance de Gabriel Magalhães "Madrugada na tua Alma".

Entre alfarrabistas, solares e castelos, por todo o Portugal e passando também por Angola, Miguel Ângelo, personagem errante e desesperada, qual cavaleiro andante de suja armadura, desempregado e solitário, parte em busca de um livro esquecido que contém o grande segredo que vai retirar Portugal da obscuridade desta idade média contemporânea.

A escrita cuidada, eloquente e muitas vezes mágica de Gabriel Magalhães acrescentam ao romance uma luz apropriada à temática. Há passagens neste livro que me fizeram respirar melhor.

Este podia ser a grande obra do autor, depois de "Não tenhas medo do escuro" e Planície de Espelhos", mas, apesar de tudo o que já escrevi, a certa altura, o romance banaliza-se, as personagens perdem-se, saem da realidade da história contada, deixam de ser alimentadas, deixam de ser verosímeis, provocando um anti-climax frustrante no leitor.

Nota: 3

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Crime - Irvine Welsh



Os livros de Irvine Welsh são uma lufada de ar fresco criativo no panorama literário actual. Vale a pena perder uns dias (ou ganhar) a ler toda a obra deste escritor escocês.

Neste "Crime", Ray Lennox, detective escocês, viaja para Miami acompanhado da noiva Trudi, com o objectivo de passar umas férias tranquilizantes e aproveitando o facto para fazer uma limpeza dos vícios extremos de Edimburgo.

De personalidade vincada e atormentada (consequência de não ter conseguido salvar uma vítima de pedofilia num caso passado), com surtos e violentos ataques de pânico, Lennox, personagem já anteriormente utilizada por Welsh no seu aclamado romance "Lixo", acaba por não aguentar a pressão da viagem em vésperas do casamento, cede ás tentações da cocaína e do trauma, perseguindo potenciais pedófilos (os papa-anjinhos) por toda a Florida.

Um romance magistralmente construído, inteligente, de tendências Punk como toda a sua obra (desde "Trainspotting") e brilhantemente escrito. A não perder.

Nota: 4

terça-feira, 25 de setembro de 2012

"Prisioneiro do Céu" - Carlos Ruiz Záfon



Depois do sucesso de "A sombra do vento" e "O jogo do Anjo" chega-nos a ansiosa sequela. O livro que unirá todos os pontos e pontes da obra de Carlos Ruiz Zafón. Será o caso? Nem por isso.
Infelizmente torna-se difícil ao autor criar a narrativa interessante ou penetrante. Esse facto é marcante por toda a história.

Apesar de introduzir novas personagens ou aprofundar personagens intrigantes já introduzidas nos outros dois romances, este "Prisioneiro do Céu" acaba por se transformar no parente pobre da trilogia.

Apesar de tudo, é essencial sublinhar a bela e viciante escrita de Záfon, trazendo à baila o estilo de romance gótico, pouco explorado na escrita contemporânea e facto notável. Provavelmente este livro serve para o autor dar o salto para uma obra maior, um romance de transição, mas decepcionou-me. Esperava muito mais. Quando acabei o livro ficou uma sensação estranha de vazio. Vale a pena? Vale, sem dúvida, mas preparem-se para sentir o mesmo.

Nota: 3

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

A Sul de Nenhum Norte - Charles Bukowski



Quando já tinha desistido de procurar livros do Bukowski publicados em Portugal, assim do nada, num daqueles dias de prospecção aos alfarrabistas lisboetas, por descargo de consciência, vi-me numa formosa e famosa livraria do LX Factory (a única deste espaço ímpar) a procurar títulos na letra B, enquanto fazia a digestão do almoço. Foi nessa altura que me deparei com mais um livro deste autor "maldito", desta personagem assombrosa e polémica que inundou a última metade do século XX com o seu talento vagabundo.

Era "A Sul de Nenhum Norte", uma colectânea de contos, bem ao estilo cru, ultra-realista, subterrâneo e ébrio do "dirty old man", Charles Bukowski. Escusado será dizer que o devorei em duas tardes. Fui com tanta "sede ao pote" que tive que o voltar a ler uma semana depois, só para ficar saciado.

É difícil eleger o melhor ou os melhores contos deste livro, aliás, leiam todos várias vezes e desfrutem. Vão ficar arrebatados.

Nota: 5

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Norwegian Wood - Haruki Murakami



Forçado a escolher entre um amor passado e um amor futuro, Toru Watanabe, vive no início da sua vida adulta um período inquietante. Preso a Kizuki (namorada do seu melhor amigo de infância) e a uma noite fatídica, a personagem principal deste romance flutua no espaço e no tempo, entre estranhas amizades, perturbantes acontecimentos e um novo amor, de nome Midori.

Tal como Watanabe, apaixonei-me também por Kizuki e pela sua casta e dependente existência, mas não pude deixar de me arrebatar com a irreverência e emancipação de Midori. Lados opostos da mesma moeda.

Voltando à polémica temática do suicídio, Haruki Murakami, escreve, na minha opinião, o seu melhor livro, evitando a criação de mundos alternativos e cenários profundamente alegóricos. Nenhum outro livro deste fantástico romancista, eterno candidato ao Nobel da Literatura, consegue igualar o estado de sobriedade aqui criado.

Este livro demarca-se da maioria da obra imaginária de Murakami, com a produção de personagens quotidianas com problemas actuais e mundanos.

Usando como titulo e mote uma música dos Beatles, Norwegian Wood, inquietou-me, trouxe-me momentos de reflexão e, no final, proporcionou-me uma serenidade terrena e pura, trazendo-me de volta.

Nota: 5

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Viagem por África - Paul Theroux



Há muito que Paul Theroux se transformou, não só num ícone da literatura contemporânea, mas também no principal criador da chamada literatura de viagens.

Neste "Viagem por África", Theroux apresenta-nos um continente africano (da cidade do Cabo no Egipto à cidade do Cabo na África do Sul) flagelado pela miséria, pela guerra, pela pobreza, pelas mudanças politicas, sociais e culturais, mas banhado por um estranho misticismo, uma força maior ligada à terra e ás gentes locais, um sentimento de paz espiritual profundo que não deixa indiferente um viajante deslocado. 

Este livro tem o cheiro de África e partilha a humildade e a pureza das populações. Muito crítico, como em todas as suas obras, o autor conta a história daqueles que há muito foram esquecidos, as gerações perdidas, o atraso tecnológico, a corrupção, as ditaduras, as epidemias, a SIDA, os desastres naturais. Tudo isto descrito de forma sublime, de um só trago, numa só palavra, inesquecível.

Nota: 5

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Diário de Inverno - Paul Auster



Para os Austerianos este era um dos livros mais esperados do ano, especialmente depois do “Palácio do Lua” editado pela Asa, em 2011.

Passei o ano todo, como fiel Austeriano, à espera deste “Diário de Inverno”, livro de memórias íntimas (demasiado íntimas até) e, ao fim de 2 dias, fui devorando todas as estórias reais com um único protagonista, o autor.

À semelhança de “Experiências com a Verdade”, “Inventar a Solidão” e “Da Mão para a Boca”, esta obra funde o autor com a personagem, e traz-nos, Paul Auster, o Homem, o artista, o escritor, o contador de histórias.

Apesar da base intimista de um livro de memórias, ficamos a conhecer, de lés a lés, um Paul Auster maduro (da infância conturbada, passando pela adolescência e primeiros anos como tradutor em Paris, até aos dias de hoje), com vontade de aprofundar a sua obra, levando-a a limites e fronteiras raramente exploradas por outros escritores.

Ficamos a conhecer melhor um escritor talentoso, mas, acima de tudo, aprendemos a gostar ainda mais de alguém que, como todos nós, pertence ao mudo real. Cresceu, sofreu, amou, foi amado, errou, arrependeu-se, fodeu, aprendeu, escreveu e num só tom, viveu.

Esta fusão de acontecimentos tem, como pano de fundo transversal, a ordem cronológica das casas onde viveu, as pessoas (personagens) que conheceu e os segredos mais escondidos da sua família, tornando “Diário de Inverno” num livro de leitura obrigatória.

Nota: 4

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Verão Quente - Domingos Amaral



Bem versado no domínio do romance histórico, Domingos Amaral traz-nos "Verão Quente"com uma prosa vanguardista e actual, bastantes diálogos e breves, mas distintas, descrições.

Domingos Amaral conta-nos a história de Julieta, condenada pela violenta morte do seu marido, Miguel e irmã Madalena, durante o famoso Verão quente de 1975, no contexto pós-revolucionário, num cenário de nacionalizações, saneamentos e ocupações de terras.

Cerca de vinte e oito anos depois, Julieta é uma cinquentona cega (consequência do suposto assassinato), mãe de Redonda, mulher de uma beleza explosiva, mas infeliz com o seu casamento com Tomás.

Em retiro espiritual, num Hotel Spa, cruzam caminho com o narrador desta história, que se apaixona loucamente por Redonda e propõe-se a investigar a história de Julieta com o objectivo de descobrir a verdade. O objectivo é escrever um livro, este livro.

Entranhado nos labirínticos segredos desta família e a sua relação com o Verão quente de 1975 e as suas principais personagens, o nosso narrador mergulha numa aventura policial novelesca.

Apesar de ser, na minha opinião, o livro mais fraco de Domingos Amaral,este romance policial e histórico leva-nos a uma época pouco explorada pela ficção portuguesa, facto importante que devemos salientar. A narrativa é interessante, apesar de simplista.

Nota: 3 

Anatomia dos Mártires - João Tordo


Num cenário de infeliz falta de pontos de referência sociais e ideológicos, de falta de heróis, ícones culturais e sociais, um jovem jornalista ambicioso tenta entender a verdade e a motivação escondida nas memórias do um mártir de uma ditadura de quase cinquenta anos.

Durante esta sua senda escreve um artigo polémico, que após a sua publicação tem resultados desastrosos para sua vida.

Nesta "Anatomia dos Mártires" é explorado até mais não o mito de Catarina Eufémia, o consequente aproveitamento partidário de um mártir da história de Portugal, durante o Estado Novo.
Não consigo entender como este é considerado o melhor romance de João Tordo!

É um facto que a sua escrita é mais madura, mas isso é pouco, muito pouco. Na minha singela opinião é o pior romance do autor e é um castigo demasiado grande ler este livro depois de ler "Hotel Memória", "3 vidas" ou mesmo "Bom Inverno".

Compreendo o contexto da obra e do autor, mas um jornalista obcecado por um mito ideológico que limita a sua vida pessoal e profissional até à exaustão é, enfim, há falta de melhor adjectivo, exaustivo.

O tema dos mitos e dos mártires e o aproveitamento político e social que é feito dos mesmos é um tema profundo e actual, mas a forma como é espremido nesta obra retira-lhe a essência, complica-a e esconde-a, ficando aquém do esperado.

Nota: 2

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A Sul da fronteira, A Oeste do Sol - Haruki Murakami


Num registo simples, recheado de metáforas deliciosas, recorrendo ao uso de uma prosa poética nas descrições do Japão da segunda metade do século XX, Haruki Murakami traz-nos “A Sul da fronteira, A Oeste do Sol”. Livro editado no Japão, no início dos anos noventa (1992), conta-nos a história de Hajime e Shimamoto e um amor impossível, debutado no princípio da adolescência, recortado pelas agrestes contingências da vida e retomado vinte e cinco anos depois.

Como uma tragédia sem Clímax mas com um toque de sobriedade especial, esta obra faz-nos sonhar. Já todos nós imaginámos, em alturas diferentes da nossa vida, como teria sido se tivéssemos tomado um caminho, um rumo diferente e quais seriam as sequelas. Simplesmente brilhante.

Nota: 4

Mossad - Eric Frattini



Nesta obra, talvez a melhor de Frattini até esta data, o autor ordena, de forma cronológica, algumas das missões mais importantes do braço armado da Mossad, o Kidon, desde a sua criação em 1951.

Num trabalho notável de investigação é-nos trazido à memória o rapto e execução de homens como Adolf Eichmann (cérebro da "Solução Final" Nazi); Herbert Cukurs (conhecido como o carrasco de Riga - membro das SS e responsável pela morte de 30 000 judeus no gueto de Riga, na Letónia); Terroristas do Setembro Negro (responsáveis pelos atentados aos atletas israelitas nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972 - missão imortalizada no cinema por Spielberg no filme "Munique"); Xeique Ahmed Yassin (responsável espiritual máximo do Hamas morto por um míssil teleguiado).

Este livro fabuloso leva-nos a conhecer, de forma profunda, todos os líderes da Mossad, assim como todos os primeiros-ministros israelitas e explica-nos, passo a passo, porque motivo esta secreta se tornou um mito.

A Mossad e os carrascos do Kidon (Baioneta) e a Metsada são a única unidade de forças especiais em todo o mundo ao dispor de um primeiro ministro para a execução de terroristas e influências que ponham em risco um Estado.

São identificados, em todos os capítulos, todos os agentes que, em nome de Israel e, por ordem directa do Primeiro Ministro, executaram, entre 1960 e 2010, centenas de alvos, desde criminosos de guerra nazis, passando por terroristas da OLP e do Hamas, até cientistas nucleares contratados pelo Iraque e Irão.

Nota: 5

A Torre do Desassossego - Lawrence Wright


Vencedor do prémio Pulitzer Não Ficção, Lawrence Wright faz um trabalho notável ao dedicar-se ao estudo das origens da Al-Qaeda desde a sua fundação até ao culminar máximo dos seus princípios de Jihad (Guerra Santa), o 11 de Setembro de 2001.

Num livro único e sem precedentes, notavelmente escrito (e traduzido) Wright foca-se essencialmente nas pessoas envolvidas nos atentado às Torres Gémeas e espreme, até ao mais ínfimo pormenor, o percurso de homens como Sayyid Qutb (pai ideológico dos movimentos islamitas), Ayman al-Zawahiri (número dois e fundador da Al-Qaeda), Osama bin Laden e John O'Neill (agente do FBI ocupado da investigação da Al-Qaeda).

Seguindo o caminho biográfico destes homens, explorando as suas experiências, este trabalho leva-nos a entender alguns dos motivos que levaram ao malogrado ataque ao World Trade Center.
Nenhum outro estudo publicado conseguiu ou consegue, de forma sucinta, expor os factos como a Torre do Desassossego, sendo considerada para muitos a melhor obra de sempre sobre esta matéria.

Polémico e perfeccionista dá-nos a conhecer os homens por trás do terror, os homens que os perseguem, os sucessos, os falhanços, a política interna e externa americana dos últimos 35 anos.

Nota: 5

Talvez... Escrever


Sempre quis ter um espaço de partilha literária. Um espaço de comunhão de opinião sobre os livros que leio. Chega a ser, inclusive, uma missão, um contributo para a divulgação cultural do nosso pais.

Aproveito este espaço para partilhar com todos, as minhas singelas opiniões acerca dos livros que vou lendo, relendo e escolhendo. Aproveito para adicionar alguns filmes já que a sétima arte, nos dias que correm, anda de mão dada com a literatura.

Atenção aos mais e demais críticos, isto não é um Blog de critica literária pura e dura. Apenas opiniões não catalogadas de livros, livros e mais livros. Aliás, odeio critica literária pseudo-intelectual e vou evitar cair na tentação de esmagar a criação dos meus“amigos” escritores.

Apesar de tudo, é necessário criar uma escala de avaliação dos livros e filmes que aqui vou partilhar. Essa escala vai de 1 a 5, sendo 1 Muito Mau; 2 Mau; 3 Medíocre; 4 Bom e 5 Muito Bom. Recordo que esta escala é subjectiva logo, desafio os leitores e seguidores deste Blog a enviarem as suas próprias opiniões e classificações acerca destas e outras obras, num espaço de troca e partilha cultural.

Este é o meu real objectivo. Trocar opiniões e sugestões acerca do mundo dos livros para divulgação de obras actuais e esquecidas. Obras medíocres e obras-primas.